Os deputados estaduais aprovaram a convocação do chamado Grupo Permanente de Planejamento Estratégico, para prestar esclarecimentos, na Assembleia Legislativa, sobre o ordenamento nas ações do Executivo, para os próximos quatro anos.
A princípio, nenhuma grande novidade, uma vez que, por lei, a estratégia de ação deve ser, de fato, apresentada em até 120 dias, após o início da gestão.
No caso do novo governo, entretanto, a ida do grupo à Aleac deve ter um desdobramento especial. Primeiro, para bons embates entre a base governista e a oposição. Segundo, e tão importante quanto, para explicar à sociedade o que pretende, a longo prazo, este novo governo.
Ocorre que o chamado “Grupo Permanente” é composto pelos titulares das pastas da Casa Civil, da Fazenda, do Planejamento e ainda da Procuradoria e da Controladoria Geral do Estado.
Aquele que, nos bastidores, tem sido chamado de “Conselhão dos notáveis”, entre outros adjetivos menos agradáveis, para caracterizar a burocracia e a lentidão imposta à máquina pública, nestes primeiros três meses do ano.
Ao que consta, é o grupo responsável pelas ordens e as decisões (ou a falta delas) que mais tem provocado desgastes, internos e externos, ao governo de Gladson Cameli.
É de se esperar, portanto, que tenham muito a falar e a mostrar para os ditos representantes do povo. E, diante das inúmeras dúvidas e cobranças, que saibam justificar a estratégia complicada que está sendo adotada até aqui.