Prestes a completar 100 dias, o governo de Gladson Cameli ainda demonstra extrema dificuldade em manter e explicar os atos de gestão.
É um faz-desfaz, nomeia-exonera, publica-despublica, que nem mesmo os aliados políticos tem conseguido compreender e, tampouco, defender as ações do novo governo.
A sucessão de erros nas nomeações da Ageac e do Acreprevidência é apenas um exemplo, entre tantos que foram cometidos neste curto período.
Não bastasse, o governo segue teimando em conflitos que seriam facilmente contornáveis, devido à falta de comunicação e do básico da articulação política, na relação com a Assembleia Legislativa.
Gladson foi eleito em primeiro turno, com ótima aprovação popular. Tem, teoricamente, uma ampla base de apoio na Aleac. Mas, por puro amadorismo político, inexplicável pra quem chegou aonde ele chegou, parece ter desaprendido todas as lições que passou para chegar até aqui.
Como muito se comenta: ou o governador é mal intencionado ou muito mal assessorado para tomar decisões, das mais simples as de maior repercussão para o mandato. Por ora, muitos dos eleitores ainda preferem acreditar na segunda opção.
Há ainda a alternativa de que, embora bem intencionado, seja mal preparado para exercer o cargo que ocupa. E isso seria muito preocupante, considerando as dificuldades indiscutíveis de um Estado como Acre.
O tempo urge. E logo irá dizer.