Se ainda estão ponderando sobre tirar ou não o status de secretaria estadual da Polícia Civil, que levem em conta, então, a repercussão e alertas que foram feitos ontem pelos delegados membros da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Acre (Adepol) sobre as consequências de tal medida.
Fazer a PC deixar de ser uma secretaria vai tirar autonomia do órgão. Enfraquece uma polícia, uma força de segurança, em meio de um Acre que sofre justamente do mal contrário: medo generalizado, atuação de facções, ondas de homicídios, violência e sensação de insegurança.
Efeitos como o de tirar o Guardião da Polícia Judiciária (ou seja, aquela que é a mais competente para investigar) podem ser irremediáveis. O Guardião é um software de alta tecnologia para grampear ligações telefônicas. Sendo assim, é uma ferramenta vital para o trabalho da Polícia Civil. Tirá-lo é mitigar esse poder de investigação.
Medidas de austeridade e de contenção de despesas na Administração Pública são sempre necessárias. Em outras palavras, poupar é bom. Só que para isso existe um limite. Economizar não pode ser às custas de retrocessos. E, com certeza, enfraquecer a PC será um grande retrocesso, 10 passos pra trás no combate ao crime no Acre.
É como se diz o velho e bom ditado: “em se tratando de saúde, educação e segurança, não se economiza. É um barato que mais adiante vai sair caro”.