A nova derrota do governador Gladson Cameli, em uma simples votação na Aleac, deixa explícita a fragilidade da relação entre Executivo e Legislativo e ainda a deficiência da articulação política do novo governo.
O assunto pode parecer de menor importância: a confirmação de uma nomeação para um cargo do segundo escalão… Entretanto, revela, sim, em primeiro plano, a inexperiência da equipe de governo, que se diz tão “técnica”, em conduzir os trâmites de contratação e nomeações (entre outras burocracias), conforme manda a lei.
Em segundo (e mais preocupante): a dificuldade de estabelecer um diálogo transparente e produtivo com os parlamentares, inclusive, pelo que se vê, com aqueles que dizem compor a base aliada.
Esta e em outras derrotas anteriores de Gladson, como nos bastidores das polêmicas eleições do Sebrae e da Fieac, podem ainda não ter provocado impactos práticos e significativos na condução dos projetos de governo.
Entretanto, além do desgaste político e de imagem (indiscutíveis), chamam a atenção para as dificuldades do governo em se comunicar, em liderar e, consequentemente, se assim continuar, numa próxima instância, em garantir a chamada “governabilidade”.
Com tantos “articuladores políticos” experientes nomeados, é preciso tentar entender o que está dando errado nisso aí.