É preocupante essa informação, vazada do Palácio Rio Branco, sobre a suspensão de todos os procedimentos administrativos e pagamentos a credores com relação comercial com o Governo do Estado.
Documento assinado pela secretária de Gestão Administrativa, Maria Alice, que agora acumula também a pasta do Planejamento, notifica os secretários sobre a determinação, até que sejam feitos os “reajustamentos financeiros” necessários de contratos, convênios e outras ações financiadas com recursos de operações de crédito.
A pergunta é: até quando?
Aproximando-se dos seis meses do novo governo, a notícia caiu como mais uma bomba nas mãos dos empresários acreanos, perplexos com a letargia da gestão em destravar a economia local.
Se o discurso de austeridade e do “novo modelo de desenvolvimento” do governador Gladson Cameli encheu os olhos do setor produtivo local, durante a campanha, o que se vê, dos últimos meses para cá, é o crescimento de uma onda de insatisfação e até de incredulidade em relação às medidas tomadas (ou não tomadas) pela equipe econômica.
Em meio ao caos de promessas e acordos não cumpridos, dívidas e demissões, a falta de confiança e de paciência começa a desenhar um espinhoso cenário de relacionamento entre o governador e os empresários.
Perdem todos, a começar pelos trabalhadores (muitos dos quais já demitidos), e, de modo geral, toda a população.