Mais uma semana tensa, na política local, com embates polêmicos entre governo e oposição e manifestações de setores importantes da administração pública.
Dentro da Assembleia Legislativa, a terça-feira será marcada pela apreciação da nova reforma administrativa do governo de Gladson Cameli, que pretende recriar 450 cargos comissionados, além de outras dezenas de diretorias, chefias de departamento, órgãos e institutos que haviam sido extintos, no início do ano.
E do lado de fora da Casa do Povo, pelo protesto de policiais civis, que cobram respostas a uma série de reivindicações e o cumprimento de promessas do governador para reestruturação da Polícia Civil.
Com menos de seis meses de gestão, é compreensível que a nova equipe de governo busque ainda se estruturar do modo mais eficiente para o funcionamento da máquina pública. E é de se entender também que seja tecnicamente impossível atender a todas as demandas das entidades de classe.
Do presidente do sindicato dos policiais civis veio, entretanto, um questionamento pertinente: como continuar falando em crise, no momento em que se propõe a recriação de centenas de cargos em comissão, com salário que chegam a R$ 19 mil? Nas palavras dele: “que crise é essa? É uma crise que seleciona suas vítimas?”.
Diante de poucos ou praticamente nenhum avanço em todos os setores da economia, é o que toda sociedade ainda está tentando entender.