Além da mobilização de estudantes e professores, que saíram às ruas ontem em todo o país para protestar contra o corte de 30% nos recursos destinados às universidades e outras medidas perversas do Governo Federal, há que se destacar também a participação de outros setores da sociedade, como os trabalhadores, políticos, artistas e outros segmentos.
Como bem assinalou o professor da Universidade Federal do Acre, Jonas Lima, “ não podemos esquecer que quando as universidades são atacadas, a sociedade também é atacada e por isso temos que reagir e lutar”.
No caso do atual Governo, presidido por um presidente, que vem sendo classificado dentro e fora do país com os adjetivos mais pejorativos, essas consequências a que se refere o professor e outros analistas já podem ser conferidas através dos indicadores sociais e econômicos despencando ainda mais para o caos, o que significa mais desemprego, mais pobreza, mais criminalidade.
Embora ainda incipiente, a começar pelos estudantes, a tendência é a de que a sociedade civil organizada, que até então se mostrava apática, anestesiada, deverá tomar consciência de que se trata de um Governo incapaz de resolver os graves problemas do país, Basta ver – essa sim a “balbúrdia” – que em apenas cinco meses ministros são desapeados dia sim, dia não, a começar pelo Ministério da Educação.
Há que se comemorar, portanto, essas manifestações realizadas ontem em todo o país, porque representam um bom recomeço de uma reação positiva que poderá reconduzir o país à dignidade, ao bom senso e ao desenvolvimento sócio econômico.