Aguardava-se para ontem o desfecho de mais uma crise, entre tantas esta mais grave, envolvendo o governador do Estado, Gladson Cameli, e seu vice, o major Werles Rocha.
Segundo o noticiário, a crise envolveria a irmã do vice-governador, deputada Mara Rocha, que estaria exigindo a demissão do secretário de Agricultura por não atender seus pedidos de nomeações de seus apaniguados e, por conseguinte, teria declarado que estaria abandonando o bloco de apoio ao Governo.
Ainda segundo o noticiário, o governador teria telefonado para seu vice e, em mais um de seus rompantes, teria ameaçado retirar do vice seu comado e influência sobre o setor de Segurança Pública.
Na verdade, o que se tem observado nesses primeiros meses é que o atual Governo tem se enredado em crises sobre crises ou como se diz no popular num “puxa-encolhe”. Hoje nomeia um secretário e amanhã ou hoje mesmo o demite, sem explicações ou justificativas. O mesmo acontece com seu grupo de apoio na Assembleia Legislativa que está em frangalhos e a oposição, em minoria, dominando os debates.
Resultado: por conta dessas crises, pouco ou nada, o Governo tem realizado nesses primeiros seis meses e, como se tem observado, os serviços públicos essenciais, como os da Saúde e Segurança Pública, têm se agravado. Por ora, o governador ainda tem contado com o chamado “recall” do resultado da eleição, mas a sociedade começa a perder a paciência.