Quando tudo parecia perdido, prevaleceu um mínimo de bom senso e, como se divulgou, o plenário do Senado aprovou a revogação do decreto insano do presidente da República, igualmente insano, que propunha a flexibilização ao acesso da população à compra e posse de armas no país.Contudo, a sociedade precisa estar atenta e continuar pressionando, porque o decreto ainda vai passar pela aprovação da Câmara dos Deputados e aí é que poderá ocorrer um retrocesso, considerando que uma ampla maioria de parlamentares já se manifestou a favor ou está “a venda”.
Aliás, o próprio presidente, diante do resultado do Senado, não se deu por vencido em sua insensatez e ontem declarou esperar que a Câmara reverta a situação e aprove o decreto.
Por isso mesmo é que a sociedade e instituições, como o Judiciário, o Ministério Público, a OAB e outras se manifestem e reajam contra tal insanidade, que não só aumentará os índices de criminalidade, como deflagrará uma verdadeira “guerra civil”, sem exageros, com as facilidades com que qualquer cidadão terá para comprar e usar uma arma.
Naturalmente, como se prevê, os maiores beneficiados não serão “as pessoas de bem”, como se alega, mas as organizações criminosas, entre elas os chamados “milicianos” com os quais o presidente e seus filhos mantêm estreitas relações.