O que já se esperava aconteceu: em visita ontem a Manaus, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a defender o desenvolvimento da Amazônia a qualquer custo, com a exploração dos recursos naturais, sem nenhuma preocupação com a preservação ambiental.
Como se divulgou ainda esta semana, o presidente extravasou seus instintos predatórios com a divulgação de dados do Inpe, segundo os quais o desmatamento na região disparou nos últimos meses com essa retórica das cavernas do presidente e ameaçou demitir diretores do instituto.
Pra se ter uma ideia, segundo dados preliminares dos satélites o desmatamento atingiu mais de 1 mil quilômetros quadrados de floresta, o que equivale a 68% a mais do que foi registrado em julho do ano passado, justamente, por esta retórica ignorante e esquizofrênica do presidente.
Questão ambiental à parte, o governador do Estado, Gladson Cameli, participou da reunião com o presidente, na esperança de obter recursos para obras de infraestrutura, como a construção de conjuntos populares não só na Capital, como nos municípios do interior.
Uma boa pauta, considerando o elevado déficit habitacional no Estado. A questão agora é acompanhar e averiguar se esses recursos serão liberados com a economia do país em frangalhos, como demonstram os indicadores econômicos e sociais que despencam a cada trimestre.