Quando se diz que a criminalidade chegou aos limites no Acre não se está exagerando e a prova cabal foi esse assalto ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Francisco Djalma, em que os bandidos visavam, como sempre, roubar o veículo do desembargador que acabara de entrar num restaurante com mais dois acompanhantes para jantar.
Ou seja, a criminalidade chegou ou está chegando lá, atingindo também as maiores autoridades do Estado e, se não houver uma reação à altura, por ironia, as próximas vítimas, poderão ser outras autoridades, quem sabe o governador do Estado e seu vice.
Não, não se trata de culpá-los pelo que está acontecendo. Trata-se de chamar a atenção sobre o que se vem alertando desde o Governo passado de que, enquanto não se cobrar do Governo Federal, um plano nacional estratégico para combater o narcotráfico nas fronteiras que continuam escancaradas com os países produtores e exportadores de drogas, por mais que se esforcem, as forças e segurança local estarão – repetindo – “enxugando gelo”.
O governador e seu vice precisam acessar estudos sérios que demonstram que, com a migração das facções ou grupos criminosos, para os estados do Norte e Nordeste, esses estados perderam o controle da segurança pública e o que se está assistindo são essas carnificinas, como aconteceu segunda-feira em Altamira, no Pará, na qual 57 detentos foram mortos.