Apesar dos esforços das forças de segurança, que nas últimas semanas conseguiram em duas grandes operações prender lideranças das facções criminosas, a criminalidade ainda persiste, como se registrou no final de semanas com várias mortes com caraterísticas de execução.
Uma delas, sobremaneira, chamou a atenção: a de um jovem de apenas 15 anos que foi comprar pão e, ao sair da panificadora, foi assassinado a tiros por dois bandidos que o esperavam em um moto, sem deixar rastros para a polícia.
Na verdade, este é mais um que soma às centenas de jovens assassinados quase sempre nas mesmas circunstâncias, alguns envolvidos com esses grupos criminosos, outros não, o que se induz a concluir, sem exageros, que o futuro de grande parte da juventude deste Estado está comprometido com este fim trágico.
Neste final de semana na euforia da Expoacre, o governador e seu vice voltaram a repetir que farão do Acre um oásis de paz e segurança. Porém, não é a realidade e nem será, enquanto não se convencerem que precisam cobrar com ênfase um plano nacional estratégico do seu aliado, o Governo Federal, para prevenir e combater o narcotráfico, cujas fronteiras continuam escancaradas nos países produtores e exportadores de drogas.
Sem isso, como já se tornou proverbial afirmar, as forças policiais continuarão “enxugando gelo”, como elas mesmas reconhecem e reclamam.