A ida do secretário de Segurança Pública, Paulo Cézar, à Câmara Municipal é uma boa oportunidade para debater outro problema grave que está ocorrendo na Capital. Como se divulgou ontem, segundo dados do Rbtrans foram registrados só este ano 95 assaltos ou “arrastões” a ônibus, levando pânico à população e revolta aos motoristas que ameaçam uma paralisação.
Como se vê, trata-se de uma situação inaceitável que atinge em cheio a camada da população que precisa do transporte coletivo para ir e vir ao trabalho, às escolas e outros afazeres. Segundo consta, só no último final de semana, foram registrados quatro desses “arrastões”.
O perigo é tanto que, conforme depoimento de passageiros, muitos estão desistindo inclusive de se utilizar do ônibus e estão se valendo dos mototaxistas, pagando evidentemente, mais caro, um custo a mais em suas finanças. Não só isso. Um motorista chegou a declarar que está propenso a largar o emprego, porque não tem a certeza que chegará em casa no final do dia “vivo ou dentro de um caixão”,
Esta é mais uma prova de que alguns problemas se agravaram na atual gestão e precisam ser resolvidos com urgência e determinação. Como já se registrou, depois de tomarem conta de vários bairros, impondo todo tipo de restrições aos moradores, até o “toque de recolher”, as facções ou grupos criminosos estão agora obstruindo o direito elementar dos cidadãos de ir e vir.
Passou dos limites, não dá mais para aceitar.