A prefeita da Capital, Socorro Neri, compreendeu a gravidade da situação e, como se noticiou, tomou a iniciativa de se reunir com o secretário de Segurança Pública para debater e cobrar medidas contra os chamados “arrastões” em ônibus do transporte coletivo que somariam quase 100 ocorrências só este ano.
Quem ainda não entendeu ou se faz de desentendido sobre a gravidade deste e outros problemas referentes à Segurança Pública que se agravaram, de modo geral, é o Governo do Estado que ainda está devendo um plano eficaz para combater, sobretudo, as ações das facções ou grupos criminosos que estabeleceram um verdadeiro poder paralelo em muitos bairros da Capital e alguns municípios do interior na disputa pelo narcotráfico.
E na elaboração deste plano não se viu ainda por parte do governador e secretários deste setor uma cobrança mais incisiva do Governo Federal, que tem a obrigação constitucional de vigiar as fronteiras com os países produtores e exportadores de drogas, sobretudo, a cocaína, que continua entrando a toneladas no Estado.
No caso, esta cobrança deveria ser feita diretamente ao ministro da Justiça, ele mesmo, Sergio Moro, que nesses sete meses, em nenhum momento, falou sobre a questão e é provável que, diante de um mapa, nem saberia indicar a localização do Acre e outros estados da Amazônia que se tornaram estratégicos para a atuação desses grupos criminosos.