Com a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) pela Assembleia Legislativa de R$ 5,9 bilhões para o próximo, com uma diminuição de R$ 100 milhões a menos do que este ano, a lógica e a conduta do Governo do Estado e demais poderes recomendam um bom planejamento e, sobretudo, austeridade na administração desses recursos.
Com reclamações já manifestadas por alguns poderes que tiveram seus repasses congelados, o governador afirmou ontem que não poderia passar um “cheque em branco”, passando a elencar uma série de problemas que o Estado estaria enfrentando.
Até aí, tudo bem. Trata-se de uma posição realista, sensata. A questão é que este “cheque em branco” deve valer também para o próprio Governo do Estado por vários motivos.
Um deles é o que já teria ultrapassado a Lei de Responsabilidade Fiscal com o “inchaço” da folha de pagamento com a contratação de servidores para atender às reivindicações de seus aliados. Muitos desses servidores que sequer sabem o endereço de suas repartições.
Outro aspecto é o de que não se viu até então uma política de austeridade no atual Governo e o exemplo mais emblemático é a licitação de um avião, um jatinho, para o deslocamento do governador ou de seus auxiliares. Um gasto desnecessário, supérfluo ou até mesmo escandaloso para um estado pobre, carente como o Acre.