Continua repercutindo aqui e, sobretudo lá fora, a reportagem do site The Intercept Barsil, segundo a qual o governador Gladson Cameli seria o “barão da soja de segunda geração”, constituindo “uma ameaça” para os ecossistemas da Amazônia ao tentar importar modelo do agronegócio de Rondônia.
Mesmo com as devidas ressalvas já consignadas de que o próprio governador tem reiterado várias vezes de que defende sim o agronegócio, mas de forma sustentável com a preservação do meio ambiente, sem a derrubada da floresta, é preciso que essa afirmação seja corroborada pela prática.
Aliás, sobre esta questão, é preciso que o governador enquadre o seu secretário de Agricultura, Paulo Watt, que foi objeto de graves denúncias. Entre outras, a de que estaria forçando a expulsão de agricultores acreanos de algumas áreas para atrair fazendeiros e plantadores de soja de soja de Rondônia, utilizando-se inclusive de policiais.
A outra a de que teria contratado em sua secretaria uma funcionária de sua empresa. Denúncia que ele não negou quando esteve prestando esclarecimentos na Assembleia Legislativa e ficou por isso mesmo.
A rigor, nada contra o agronegócio. Desde que, com efeito, seja desenvolvido com a preservação ambiental. Do contrário, como já se noticiou, o Acre corre o risco de perder cerca de R$ 300 milhões que já estariam assegurados através de convênios com países como a Alemanha e a Noruega. Sem isso, vão pedir para o Trump?