Este e outros veículos de comunicação estamparam ontem a régua de medição do nível do Rio Acre, marcando apenas 1 metro e 66 cm, atingindo a menor marca histórica desde 2005 e alertando que a situação preocupa considerando que o chamado “verão amazônico” pode perdurar por mais de dois a três meses.
Imediatamente, autoridades de vários setores alertaram que a Capital do Estado e outras cidades do interior, que são abastecidas pelas águas do rio, poderão entrar em colapso e conclamaram a população a fazer o uso racional do produto.
É uma recomendação deveras pertinente, mas essas mesmas autoridades deveriam fazer a mesma recomendação a outros mandatários do Estado que estão pregando e insistindo na tese estúpida da “rondonização” do Acre, com a derrubada da floresta para o plantio de soja e o aumento da criação de gado.
Não é preciso ser um especialista em questão ambiental para se chegar à conclusão que o nível do Rio Acre e seus afluentes, como de outros mananciais da Amazônia, sofreram mudanças profundas com a devastação da floresta e, sobretudo, de suas matas ciliares.
E a tendência é que, juntando com outros fenômenos, como o aquecimento climático, a situação deverá se agravar, trazendo sérios problemas para a população não só para o abastecimento de água como de saúde pública, como se está registrando nesses dias com a fumaça das queimadas.
A continuar, portanto, com essa tese, não terão água nem para seus bois.