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Voltando ao tempo das “cavernas”

O afrouxamento das leis ambientais, proposto pelo desvairado presidente da República e seu falastrão ministro do Meio Ambiente, como também alguns de seus aliados aqui no Estado começam a surtir efeito com o aumento do desmatamento em toda a Amazônia, incentivando as queimadas, com elas a fumaça e com a fumaça os hospitais repletos de pacientes com graves doenças respiratórias.

No caso aqui do Acre, como se divulgou ontem, o número de focos de incêndios aumentou 200% em agosto em relação ao mesmo período do ano passado e só para se ter uma ideia desta selvageria 214 incêndios foram registrados na Capital.

Tem mais. Segundo o Corpo de Bombeiros, ao longo deste ano, já foram contabilizados 1.412 focos de queimadas em Rio Branco, o que equivale uma média de 60 ocorrências por dia, batendo todos os recordes já registrados. Resultado: cerca de 30 mil atendimentos ambulatoriais já foram contabilizados este ano, segundo dados da Vigilância Sanitária.

Apesar do esforço do Corpo de Bombeiros, o que não se viu até agora foi uma declaração sequer do Governo do Estado e mesmo de órgãos ambientais, nenhuma campanha de conscientização da população, o que leva a crer que estão omissos e coniventes com esta situação absurda.

Mas, talvez isso não importa, quando enchem a boca para anunciar um novo tempo para o Estado com o agronegócio, como se disse, com o afrouxamento das leis ambientais. São mentalidades ainda o tempo das “coivaras” ou das “cavernas”.

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