Com a volta do governador de Nova Iorque, a sociedade espera que resolva essa crise com a Assembleia Legislativa, depois da derrota “histórica”, “acachapante”, como já se assinalou na rejeição dos vetos à LDO pela maioria absoluta dos deputados, e comece a trabalhar.
Na verdade, nesses nove meses de administração, o que se viu deste Governo foram crises sobre crises, uma lambança de troca-troca de secretários em setores estratégicos, como os da Segurança Pública e da Saúde, e uma crise aguda com os deputados de sua base de sustentação.
O tempo vai passando depressa e, evidentemente, que um Governo não tem condições de deslanchar suas metas neste contexto conturbado e o que a sociedade tem assistido são promessas e bravatas, enquanto os problemas vão se agravando.
Por exemplo, de nada adianta apelar para estatísticas, afirmando que o número de homicídios diminuiu no Estado, se o próprio secretário de Segurança vem a público anunciar que metade dos policiais militares está a serviço de autoridades e a sensação de insegurança na sociedade permanece com crimes horríveis.
Outro exemplo, de nada adianta afirmar que o setor da Saúde está funcionando, se a população encontra os portões do Pronto Socorro no cadeado e os servidores estão anunciando nova greve por tempo indeterminado. E assim sucessivamente.
Enfim, a situação é preocupante. O governador precisa sentar, dialogar e mostrar trabalho, a começar dele próprio e não se confie em pesquisas encomendadas para agradá-lo.