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Com o dedo na ferida

Essa derrota “histórica”, “acachapante” da derrubada dos vetos do governador pela maioria absoluta dos deputados serviu também para expor a fragilidade do atual Governo em outras questões fundamentais.

Ao analisar o episódio, o próprio líder do Governo, deputado Luís Tchê, se encarregou de colocar o dedo na ferida, usando uma expressão a gosto popular. Segundo ele, uma das causas seriam os secretários que “devem tirar a bunda das poltronas, saírem dos gabinetes com ar-condicionado e ajudarem o governador Gladson Cameli a trabalhar pelo Acre”.

Em parte, o deputado tem razão, porque, com efeito, alguns secretários, nesses nove meses, ainda não justificaram o mérito de suas nomeações. Só para citar um exemplo, o que fez até agora o secretário de Agricultura a não ser nomear uma auxiliar de sua empresa?

Outro exemplo é a falta de comunicação do Governo, que se limita a fazer algumas postagens nas redes sociais, sem um contato direto com os veículos tradicionais de comunicação, como televisão, rádio e jornais que ainda desempenham um papel importante neste contexto. Aliás, alguns secretários reclamam que suas atuações não aparecem porque não são divulgadas.

De modo geral, o que se observa é um Governo desconexo, sem rumo, sem comunicação, que precisa rever sua atuação, sem olhar pelo retrovisor para justiçar seus problemas.

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