Exageros à parte, o que passou, passou, espera-se o mais breve possível que prevaleçam a responsabilidade e o bom senso para cessar essa greve no setor da Saúde Pública, levando-se em conta que a população não pode ficar sem os atendimentos básicos “por tempo indeterminado”.
Da parte do Governo, ficou claro, mais uma vez, que a “importação” da secretária de Saúde, Mônica Feres, e dois coronéis do Exército, foi uma escolha errada. Como se vem observando e denunciando, os serviços pioraram e chegaram ao caos, com pacientes jogados nos corredores dos hospitais esperando por atendimento.
Outro problema, como se verificou anteontem, é que a secretária e seus auxiliares não estão preparados ou não se dispõem ao diálogo com os servidores e deu no que deu: a invasão dos servidores na sede da secretaria, com agressões entre um deputado e um desses coronéis,
O governador, portanto, precisa rever essa escolha e quem sabe mudá-la. Do contrário, não conseguirá, como ele mesmo declarou várias, desenterrar “a cabeça de burro” que está prejudicando o setor da Saúde.
Da parte dos servidores, igualmente, espera-se que se disponham ao diálogo e entendimento, mesmo considerando que suas reivindicações sejam justas. O que não se pode admitir é uma greve “por tempo indeterminado” em um setor tão nevrálgico como o da Saúde pública. Seria uma situação condenável, sob todos os aspectos.