Emocionado, o governador Gladson Cameli usou as redes sociais para fazer um balanço de sua gestão nesses primeiros dez meses, mais agradecendo seus eleitores do que propriamente apontando realizações que resolveriam os problemas mais graves do Estado.
Nada a opor que ele faça essa avaliação, mas a rigor, diante dos fatos, não se pode afirmar que os problemas foram resolvidos, a julgar pelo desempenho de seus gestores em setores mais nevrálgicos, como os da Saúde, da Segurança Pública e da infraestrutura.
Na Saúde, por exemplo, com a “importação” de gestores de outros estados, os problemas se agravaram tanto no atendimento à população como no relacionamento dos servidores e médicos com a secretária e seus “coronéis” e uma greve geral por tempo indeterminado que só não foi deflagrada porque a Justiça interveio.
Na Segurança Pública, embora se diga que o número de homicídios tenha diminuído, a sociedade ainda não se sente segura. Exatamente, porque o Governo ainda não atacou a principal causa dessa insegurança: a prevenção e o combate às facções criminosas que continuam disputando o “território” pelo narcotráfico que entra às toneladas pela fronteira com os países produtores e exportadores de drogas.
Transcorridos esses dez meses, está hora também do governador deixar de olhar pelo retrovisor, atribuindo os problemas aos governos passados. Ora pois, ele foi eleito para resolver os problemas.