Quando se afirma que a falta de segurança pública continua como um dos maiores do Estado é a mais bruta realidade e não é exagero comparar os números de mortos com os da guerra da Síria.
Dados divulgados ontem pela Secretaria de Segurança Pública (portanto, dados oficiais) apontam que somente nos meses de agosto e setembro foram registrados 55 homicídios, considerados “mortes violentas” em todo o Estado.
Diante dessa mortandade, logo os mais apresados, tentando levar a triste realidade para o campo político, tentam justificar que esses números são ainda inferiores do que os registrados no passado, como se esse paralelismo atenuasse a situação.
Venhamos e convenhamos que não se pode aceitar essa realidade, sem desmerecer o esforço que as forças de segurança vêm fazendo para prevenir e combater a criminalidade, muitas vezes sem o apoio e os recursos necessários. Ao contrário, como foi registrado, há poucos dias, o Governo reduziu pela metade o fornecimento de combustível para a Polícia Civil.
Aliás, o problema do atual Governo é que inda não se deu conta que a causa principal desses altos de criminalidade são as facções ou grupos criminosos disputando “territórios” pelo narcotráfico, que continua entrando e saindo às toneladas pelas fronteiras com os países vizinhos. Ao invés de cobrar com veemência medidas do Governo Federal, o governador e parlamentares se jactam em aparecer posando em fotos com o presidente e seu ministro da Justiça.