Nada a opor a essa tentativa ou pretensão de o Governo do Acre em estabelecer contatos com os países asiáticos, visando abrir o mercado de exportações de produtos do Estado para aqueles países.
Em tese, seria uma saída para o desenvolvimento do Estado que já vem sendo alimentada ao longo dos anos, mas que não tem dado certo devido a vários fatores que precisam ser devidamente analisados, sem “vender ilusões”, antecipadamente, para a sociedade, como se tem registrado nesses dias com a viagem do presidente da República e do governador àqueles países.
Primeiro, o Governo do Estado tem que resolver alguns graves problemas de infraestrutura e transporte, como a conclusão da ponte do Rio Madeira que o governador anunciou que seria inaugurada este ano, confiando na liberação de recursos do Governo Federal.
Na sua ingenuidade, os recursos foram cortados e não há previsão que sejam liberados para concluir a obra este ano e, talvez, nem no próximo e o Acre continuará fazendo a ligação com o Centro-Sul do país pela velha balsa.
Além deste problema, o Estado precisa resolver os entraves burocráticos com os países vizinhos, Peru e Bolívia, que têm sido um empecilho. Tanto é que nem com esses dois países vizinhos tem conseguido estabelecer uma mão dupla de negócios. Como se assinalou, nada a opor, mas sem vender ilusões.