Aguardava-se para ontem que o governador Gladson Cameli anunciasse, enfim, a demissão da secretária de Saúde, Mônica Kanaã, e sua equipe de coronéis que trouxe de Brasília e anunciasse o nome do novo secretário para por fim ao caos que se vigora num dos setores mais nevrálgicos da administração, ou seja, a prestação de bons serviços à população.
Tudo ou quase tudo já se falou sobre a péssima administração dessa secretária e seus coronéis, mas é conveniente ressaltar que a responsabilidade primeira é do próprio governador que preferiu “importar” uma equipe de fora preterindo profissionais competentes do Estado.
Algum propósito havia nessa opção, que também precisa ser esclarecido, e não há nenhuma “cabeça de burro enterrada” naquela secretaria, como o governador gosta de repetir. Recursos existem e o que está faltando é gestão para administrá-los.
Aliás, o próprio governador pode constatar esta falta de administração ao fazer de surpresa uma visita a uma Upa da Capital e constatar que não havia médicos suficientes para atender os pacientes. Como deve ter visto nos meios de comunicação aquelas cenas degradantes de pacientes amontoados nos corredores do Pronto Socorro que ele inaugurou com toda a pompa.
Enfim, o ano está acabando e governador ainda não conseguiu formar uma equipe competente de administradores. Tanto que é que ele mesmo já está anunciando que poderá fazer uma nova reforma administrativa. Evidentemente, que essa instabilidade só prejudica os serviços públicos.