Em princípio, causa alguma preocupação, mas não se pode levar muito a sério essa afirmação do governador Gladson Cameli de que poderá decretar calamidade financeira do Estado pelo fato de o Tesouro Nacional e o Banco do Brasil terem adiado a renegociação da dívida do Estado.
Trata-se de uma pressão ou mesmo chantagem diante da reação e mobilização dos servidores públicos que estão saindo às ruas para protestar contra a reforma da Previdência estadual que está para ser votada pela Assembleia Legislava marcada para o final deste mês.
O que o governador não pode é romper o pacto que foi firmado com os servidores de dialogar e debater alguns itens da reforma que lhes seriam prejudiciais e às suas famílias.
Os 24 deputados são testemunhas e avalistas deste pacto, firmado depois daqueles episódios deprimentes ocorridos na semana passada no recinto da Assembleia e, ao que consta, o diálogo está sendo feito por parlamentares com as lideranças dos servidores.
Só o governador que ainda não se dispôs a dialogar e anteontem teve uma boa oportunidade, quando os servidores da Educação foram até o Palácio. O que fez o governador? Embarcou no jatinho e voou para Cruzeiro do Sul.
Na verdade, o que se tem assistido neste primeiro ano do seu mandato é muita lamúria e pouco trabalho. Haja vista que ainda está trocando secretários.