Difícil de entender a situação: enquanto o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nicolau Júnior, anuncia em manchete que a votação da PEC da Previdência estadual será no próximo dia 26, para dar tempo ao diálogo com os servidores, o governador Gladson Cameli, também em manchete, afirma que poderá retirar a matéria de votação caso o Congresso aprove a reforma da Previdência nacional incluindo estados e municípios.
Diante desse contrassenso, é evidente que o diálogo será interrompido e os servidores públicos voltarão às ruas, justamente, porque repudiam a reforma a ser aprovada pelo Congresso que, em vários itens, atenta contra alguns direitos fundamentais das diversas categorias.
Aliás, ontem mesmo, muitas escolas fecharam, porque os professores e servidores ocuparam novamente o Centro da cidade, para protestar contra a tal reforma ou porque não foram suficientemente informados ou por não acreditarem no diálogo anunciado pelo Governo do Estado.
Evidentemente, que situações como esta só provocam instabilidade na administração pública, no caso na Educação que, a essas alturas, deveria nas escolas estar se preparando para o final do ano letivo.
Já se disse e vale repetir que alguém de bom senso precisa alertar o Governo sobre a necessidade de transmitir e imprimir mais estabilidade e confiança. O ano está terminando e, a rigor, pouco ou nada se produziu nos vários setores da administração. Na Saúde, por exemplo, o próprio governador reconhece que pessoas estão morrendo devida a essa instabilidade.