O ano vai acabando e já se perdeu a conta de quantos secretários e assessores do chamado alto escalão foram demitidos pelo Governo, uma situação que só tem provocado instabilidade e descontinuidade em serviços públicos essenciais, como os da Saúde e Segurança Pública.
Na Saúde, a “importação” da secretária e seus coronéis do Distrito Federal, com efeito, foi um desastre. Trancafiados em seus gabinetes, fecharam-se para o diálogo com os servidores e os serviços só pioraram, com pacientes jogados nos corredores esperando dias para serem atendidos por falta de médicos e assistentes e os insumos mais elementares.
O próprio governador foi testemunha desse descalabro ao visitar de surpresa uma das Upas e teve que pedir desculpas aos pacientes. Aliás, posteriormente, o próprio governador constatou que recursos havia para a Saúde.
Na Segurança Pública, apesar de se propalar que o número de homicídios tenha diminuído, as facções criminosas continuam atuando e deixando um rastro de sangue e mortes na disputa pelos “territórios” do narcotráfico.
Com pouca experiência ou nenhuma em administração pública, o governador não tem sabido usar a tal caneta, da qual se gaba, para admitir e demitir. Os resultados desse troca-troca de secretários e assessores só tem prejudicado sua administração e, por conseguinte, a população que começa a se impacientar e ocupar as ruas para protestar.
