Diante dos protestos dos servidores e das posições contrárias de vários deputados, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nicolau Júnior, usou o bom senso que lhe é peculiar e decidiu suspender a votação marcada para ontem do Instituto de Gestão de Saúde que o Governo está propondo.
Como os servidores argumentam e com razão o tal instituto não é outra coisa senão a terceirização dos serviços daquela Secretaria, o que na prática equivaleria a privatização e com este expediente dezenas ou centenas de funcionários seriam dispensados.
Na verdade, ao invés de resolver os graves problemas deste setor, o Governo está buscando outras alternativas discutíveis, pretendendo eximir-se de suas responsabilidades jogando-as para terceiros que só visam o lucro.
O fato é que a Saúde Pública neste Estado está em coma e quem faz este diagnóstico é o próprio Conselho Regional de Medicina (CRM) que ainda esta semana ao fazer uma vistoria no Pronto Socorro deparou-se com situações absurdas.
Além de problemas estruturais, o CRM constatou a superlotação com os corredores repletos de pacientes, a falta de médicos e a falta de equipamentos e remédios os mais elementares, como um dipirona.
Não, não há “nenhuma cabeça de burro” enterrada naquele setor, como alega o governador. O que falta é boa vontade e competência para resolver essas questões básicas.