Nada a opor que o governador Gladson Cameli percorra escolas e apareça sorridente distribuindo presentinhos para as crianças. Faz parte. Mas seria de todo recomendável que ele também percorresse o Pronto Socorro para constatar a situação dramática em que se encontram os pacientes em macas ou mesmo jogados nos corredores à espera de atendimento.
A situação chegou a tal ponto que um dos pacientes, um idoso, chegou a cair da maca, agravando ainda mais seu estado de saúde com lesões, sob o protesto indignado de parentes que o acompanhavam – uma cena inaceitável, deprimente, que retrata a situação do setor da Saúde pública no Estado.
Aliás, o próprio secretário Alysson Bestene, dirigentes e funcionários do PS reconhecem esta situação de calamidade, que ainda não conseguiram resolver por falta de recursos para adquirir os mais elementares medicamentos ou por falta de médicos e assistentes.
E neste ponto é que não se entende, quando o governador tem afirmado sucessivas vezes que não faltam recursos , que haveria um boicote ou uma “cabeça de burro” enterrada no setor. A conclusão, portanto, seria a de que alguém está faltando com a verdade.
Mas não é nenhuma coisa nem outra. O que o governador precisa entender e admitir é que não conseguiu resolver os problemas básicos deste e de outros setores.