Como se está divulgando, o Governo foi mais rápido e entrou na Justiça solicitando a proibição de uma greve na Educação, que o Sindicato da categoria já havia decretado para começar ontem – um jogo que poderá ter graves consequências.
De pronto, o pedido do Governo foi acatado pelo Judiciário sob o argumento de que a Educação é um bem constitucional que não pode ser violado, impondo ao Sindicato da categoria uma multa diária que a entidade, presume-se, não poderá arcar.
Ou seja, provavelmente, a greve não será decretada e mais uma vez os trabalhadores serão tolhidos em um dos seus direitos também fundamentais, previsto na Constituição, depois de serem impedidos pela força de entrar na Assembleia Legislativa para acompanhar a reforma a da Previdência estadual.
A princípio, o Governo pode até avaliar que saiu vitorioso desse embate, mas não tem motivos para comemorar. Ao contrário, fechou todas portas para o diálogo não só com os professores, mas com todos servidores que reivindicavam mais diálogo para suprimir da reforma alguns itens que consideram prejudiciais.
Não será com presentinhos de Natal, com bonecas e com bicicletas que o governador irá aplacar o descontentamento e a revolta dos servidores. Basta averiguar o clima de revolta que permeia as redes sociais.
A conferir os desdobramentos desse jogo. Ou como alguém assinalou, se manifestar, a polícia; se grevar, a Justiça”.