Ainda sobre a saída “irrevogável” e agora permanência do titular da Casa Civil do Governo, Ribamar Trindade, ao que consta o governador Gladson Cameli pouca influência teve nesta decisão e é por aí que se explica porque, depois de mais de um ano, ainda não conseguiu formar uma equipe de secretários e assessores e começar a administrar o Estado de fato e de direito.
Pelo que foi divulgado, a decisão desse senhor permanecer no cargo deveu-se aos conselhos ou imposições de seu pai, um dos empresários mais abastados do Estado, morando em Manaus, e do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Antônio Malheiros, do qual Trindade é funcionário.
Nada a opor que um governador, prefeito ou até o presidente da República ouça pessoas mais próximas, mas o que não está correto é submeter-se às imposições externas de quem não faz parte da administração .
No caso, por exemplo, do Tribunal de Contas, que teria cedido ou imposto vários de seus funcionários formando o chamado “Núcleo duro” do Governo, a pergunta que se faz é com que isenção fiscalizará as ações do Governo? Está errado, não é ético e, politicamente, deu no que deu: nesta balbúrdia de desentendimentos com a classe política e esse troca-troca de secretários.
O governador foi eleito para decidir, escolher sua equipe de gestores, sem se submeter a essas interferências externas de papai, mamãe e amigos ocupando outros poderes. Ele até pode degustar sua pipoca nas escadarias do palácio, mas está passando da hora de começar a resolver os problemas do Estado que estão se agravando a cada dia.