O Governo precisa agir o mais depressa possível para contornar essa paralisação e ameaça de greve dos agentes penitenciários, agora elevados à categoria de policiais penais, para evitar uma situação explosiva com graves consequências para a sociedade.
Se o Governo considerou que com a criação dessa nova categoria as reivindicações desses profissionais estariam contempladas, enganou-se. Na verdade, foi o pretexto para que eles se sentissem reforçados para fazer uma série de exigências, entre outras a equiparação salarial com os policiais civis e agora estão a ameaçar uma paralisação ou greve por tempo indeterminado.
Na situação em que se encontram os presídios do Estado, dominados pelas facções ou grupos criminosos, pode-se imaginar as consequências que uma paralisação ou greve poderia acarretar para a sociedade, que já se sente praticamente refém desses grupos que continuam atuando em todo o Estado.
Aliás, ontem mesmo, se divulgava que quatro detentos do complexo Francisco de Oliveira Conde aqui da Capital fugiram fazendo um buraco na parede da cela, quebraram o alambrado ao redor do pavilhão e a fuga só foi notada tempo depois na contagem dos presos.
Como já se disse e vale repetir, apesar dos esforços das forças de segurança, o crime organizado continua atuando com toda a desenvoltura no Estado e uma paralisação ou grave dos agentes ou policiais seria uma situação explosiva que o Governo precisa a todo custo evitar.