“Insuportável e inadmissível”; “a falta de segurança está nos levando à reclusão, a ficar presos em casa. Isso acaba prejudicando a economia”. Essas são apenas duas afirmações, entre tantas, pinçadas nos veículos de comunicação, sobre a situação de caos em que se encontra a segurança pública no Estado.
Contudo, parece que agora se vislumbram algumas reações. A primeira delas, como se noticiou, foi a reunião do governador e a bancada federal com o ministro da Justiça, em Brasília, Sérgio Moro, durante a qual foi decidido formar uma força tarefa integrada com forças federais e locais para combater o narcotráfico nas fronteiras e, por conseguinte, as facções criminosas que tomaram o controle no Estado.
Só faltou alguém mostrar no mapa ao ministro onde se localiza o Acre e, sobretudo, que não está fazendo nenhum favor; que é obrigação constitucional do Governo Federal vigiar as fronteiras com as Forças Armadas, porque de segurança pública o ministro não entende nada; ele entende de outras coisas.
A segunda medida foi anunciada ontem pelo governador Gladson Cameli convocando para domingo (!) todas as autoridades da Segurança Pública e parlamentares para debater a questão e tomar medidas imediatas para conter a criminalidade.
Algumas medidas já foram sugeridas por parlamentares, como a intervenção federal na Segurança Pública do Estado. Esta é uma questão pertinente a se debater e o próprio governador admite que possa ser tomada. Pelo sim ou pelo não, algo deve ser feito, sem mais delongas e reuniões, porque a situação, como se assinalou, chegou ao “insuportável”.