Embora com atraso de um ano ou mais, foi positiva sob alguns aspectos essa reunião realizada domingo, convocada pelo governador com a participação de representantes de todos os poderes para debater a grave questão da segurança pública no Estado.
Contudo alguns dos participantes, ao avaliarem o que foi debatido, fizeram algumas observações pertinentes, entre elas, a de que o Governo limitou-se a explicar como age a bandidagem. Notadamente, as facções criminosas, o que todo mundo já sabe, e alguns planos que serão colocados em prática, como maior presença do policiamento nos bairros, o que também as comunidades já vêm exigindo há muito tempo.
Mas, segundo esses mesmos participantes, o que faltou no debate foi o mais importante: como o Governo vai agir para combater a entrada do narcotráfico pelas fronteiras que continuam escancaradas e de onde as facções criminosas se retroalimentam para disputar seus “territórios” e nessa disputa desencadear a criminalidade, impondo o medo e o terror à população tanto na Capital como em quase todos os municípios do Estado,
A impressão que dá – e não é só impressão – é a de que o Governo desconhece ou ainda não se convenceu de que a causa primeira e principal da falta de segurança pública está nas fronteiras e para tanto precisa cobrar do Governo Federal um Plano Nacional integrado para combatê-la.
Sem esse plano, as forças de segurança locais continuarão, como elas mesmo dizem, “enxugando gelo”.