Quando se esperava que depois de um ano e três meses, a lambança do troca-troca de secretários e assessores tivesse cessado e o Governo começaria a administrar o Estado com estabilidade, o próprio governador anunciou mais uma exoneração, a do diretor do Instituto de Mudanças Climáticas, professor Carlito Cavalcanti.
Se havia um dos quadros mais qualificados no atual Governo para administrar um dos setores mais em evidência e necessário nesses tempos em que a questão ambiental tornou-se uma referência no Estado e no país, era justamente o professor Carlito Cavalcanti pelo seu conhecimento e bom senso ao tratar desta questão.
E, assim sem dar maiores explicações sobre os motivos, o governador anunciou sua demissão, como, aliás, já havia exonerado Thiago Caetano, que era considerado um dos seus assessores mais próximos e que vinha sendo, inclusive, apontado como um dos prováveis candidatos a prefeito da Capital.
O que se pode concluir é que, como já se assinalou, “a bagunça” continua como sendo uma das marcas do atual Governo. Ou como também definiu com toda a propriedade a ex-secretária de Planejamento, Maria Alice, que pediu demissão, recentemente, “é um Governo sem rumo”.
Evidentemente que essas mudanças de secretários e assessores do primeiro escalão geram instabilidade e a instabilidade acaba interferindo na tomada de soluções para resolver os problemas em setores mais nevrálgicos, prejudicando em última instância a população.