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Não é uma boa hora

Em tempos de pandemia de coronavírus, não é em politicagem, nem em discursos e muito menos em governos que as pessoas se amparam. É no serviço de saúde, nos profissionais desta área que as pessoas confiam e depositam suas esperanças.

Ontem, em sessão virtual na Aleac, um dos debates girou em torno de um projeto de autoria do Poder Executivo, do governo, que prevê a criação do Instituto de Gestão da Saúde, o Igesac. De um lado, alguns deputados alertam que a medida seria a abertura de precedentes para a terceirização da Saúde no Estado. Já outros deputados preferiram jogar a culpa nos sindicatos de tentar causar pânico e histeria nesse sentido aos profissionais da saúde.

Fato é que a matéria emerge em meio a polêmicas. E aí fica a pergunta

A questão do Igesac pode dar entrada na Aleac a qualquer momento. É com essa sensação de que uma matéria no Legislativo discutirá um processo desgastante sobre terceirização na sua área que os servidores da saúde, os soldados contra covid-19, terão que ir deitar a cabeça à noite. Mais instabilidade, mais incertezas, em um momento já conturbado. : esse parece, leitor, ser um bom momento para algo desta natureza? Centenas de acreanos foram infectados por uma doença nefasta, 16 vidas ceifadas, a economia em frangalhos, e o Estado, ao invés de focar em como vencer essa pandemia, dá essa bola fora.

Esse instituto não deve ficar só no papel. Se está nos planos governamentais, é provável que vire realidade. Mas o bom senso mostra que é melhor adiar essa proposta por enquanto.

 

 

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