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É muito dinheiro

Em um momento como esse de pandemia, todo investimento de recursos públicos deve ser pontual. A situação é crítica, requer um desempenho de excelência, indefectível na execução dos gastos públicos. Se as medidas do Estado não forem dotadas desse grau de primor para combater o novo coronavírus, o preço a pagar serão vidas, muitas vidas.

É no mínimo estranho esse gasto do Estado de R$ 15 milhões em contrato com uma empresa de Goiás para a prestação de serviços de pessoal. O nome da empresa é Medial Brasil, pouco conhecida por estas bandas. Dando um google nela, parece ser responsável.

Ainda assim, tanto dinheiro em jogo é de se deixar com a pulga atrás da orelha. Pelo menos é assim que deputados estaduais estão com relação a este contrato com a empresa goiana. Não entrando no debate quanto à qualidade do serviço da empresa, mas fato é que é justíssimo, diria até salutar, insistir para que o Estado dê transparência dos gastos que está tendo não só dessa empresa, mas em geral em relação ao enfrentamento à pandemia da covid-19.

Ter esse zelo na prestação das contas é até uma forma de manter as empresas na linha quanto à efetividade dos serviços prestados. São mais olhos atentos em cima. É preocupante a queixa feita pelo deputado Roberto Duarte, por exemplo, de que dos R$ 90 milhões liberados pela Aleac, 27 já foram gastos pelo Executivo e nenhum respirador novo foi adquirido.

Atravessamos uma grave crise, isso é fato, mas o Estado não pode relaxar. Nem pode se perder só no debate economia vs vidas. A Saúde pública pode entrar em colapso se o governo não agir, e agir certo. Para isso, precisa gastar bem seus recursos, pois estes são limitados.

 

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