Para que os integrantes do grupo que apresenta comorbidades tomem a vacina contra a Covid-19 é necessário que seja feito um pré-cadastro. Em Rio Branco esse público pode procurar qualquer unidade de saúde e, nos demais municípios, deve buscar as secretarias municipais de saúde, tendo em mãos o documento de identidade e o laudo médico, juntamente com a cópia.
Em Rio Branco, o pré-cadastro já começou de forma presencial. Contudo, a logística aplicada pela Prefeitura da Capital tem desagradado parte da população que teme se contaminar ao ir às unidades de saúde para um procedimento burocrático.
A questão foi colocada em pauta na sessão da última terça-feira, 20, da Câmara de Municipal de Rio Branco. A vereadora Michelle Melo, do PDT, disse que a medida tem gerado caos em alguns postos de saúde.
“Os funcionários estão quase apanhando da população, porque a Secretaria (Municipal de Saúde) jogou nas costas do posto (de Saúde) uma tarefa impossível de ser realizada. As pessoas sem doenças estão indo aos postos para pegar um laudo médico para poder se cadastrar para poder receber a vacina. Dentro dos postos existem pessoas doentes, inclusive com Covid. Então nós juntamos os fluxos de Covid, o fluxo das pessoas com comorbidades e ainda juntamos um serviço para os médicos dos postos que é dar os laudos”, apontou.
A vereadora criticou duramente o prefeito Tião Bocalom e o secretário municipal de Saúde, Frank Lima, por não estarem abertos ao diálogo.
“Eles não querem nossas ideias. Eles querem fazer o que vem da cabeça e não o bem para as pessoas. Que eles possam facilitar, principalmente, para as pessoas e para os servidores de Saúde que também já estão na luta contra a pandemia há muito tempo e agora estão sendo cobrados exaustivamente para darem laudos que eles próprios não conseguem dar”.
Uma solução para o problema seria a criação de uma espécie de plataforma online que pudesse receber esse cadastro de forma organizada. É o que sugere o vereador Emerson Jarude, do MDB.
“Nós sugerimos que a prefeitura abra o diálogo com a população através de um canal a ser disponibilizado, que pode ser um WhatsApp, pode ser um telefone, mas que seja específico para isso, porque as dúvidas são frequentes e nem mesmo nós vereadores conseguimos esclarecer todas elas. Outra questão, que já foi ponto de sugestão ao próprio prefeito Bocalom, da criação de um dispositivo em que a população consiga se cadastrar de uma maneira online para que ocorra essa vacinação de maneira mais tranquila. Não faz sentido algum nós tirarmos quase 30 mil pessoas de casa somente para ir se cadastrar quando isso pode ser feito de maneira online, remota”.
Atualmente, para fazer o pré-cadastro, a pessoa, entre 18 e 59 anos de idade, com comorbidade, precisa procurar qualquer uma das unidades básicas de saúde ou as URAP´s com RG, CPF ou carteira do SUS e o laudo ou relatório médico com cópia. (Da Redação A GAZETA)