Embora nenhum caso da variante B.1.617, mais conhecida como a cepa indiana, tenha sido identificado no Acre, a Secretaria de Estado de Saúde garante que já trabalha com um plano para manter a variação perigosa da Covid-19 longe do Acre.
É o que explica o chefe do Núcleo de Serviços em Saúde da Vigilância Sanitária, Advagner Prado. Segundo ele, as estratégias de combate foram iniciadas em Cruzeiro do Sul, com o trabalho em parceria da Anvisa e da Vigilância Sanitária Municipal.
“Lá nós desenvolvemos um trabalho no aeroporto e algumas reuniões com a equipe gestora do município para fechar essa parceria. A vinda do coordenador da região Norte da Anvisa só fortaleceu o trabalho, e ele elogiou muito o Estado por essa ação conjunta, que é algo inusitado no Brasil. Nós começamos com uma inspeção no aeroporto, fortalecendo o plano de contingência, deixando a equipe do município e do Estado de sobreaviso, caso aconteça algo”.
Prado explicou que esse trabalho de contingência é feito também em Rio Branco.
O Brasil tem, até o momento, oito casos confirmados da variante B.1.617: seis deles no Maranhão (cinco estão em quarentena dentro do navio e um deles está internado em São Luís), um no Rio de Janeiro (de um passageiro vindo da Índia e que desembarcou em São Paulo) e um em Juiz de Fora (que também viajou ao país asiático e chegou ao Brasil via Guarulhos-SP).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esta cepa está sendo classificada como um tipo “digno de preocupação global”. Até agora, a análise genética revelou que essa variação apresenta uma maior capacidade de transmissão do vírus e permite que ele consiga invadir nosso organismo com mais facilidade. Sintomas como deficiência auditiva, distúrbios gástricos sérios e coágulos sanguíneos que levam à gangrena, que não eram observados normalmente em pacientes com a Covid-19, foram associados por médicos na Índia a esta variante.