A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que o Ministério da Saúde adote a aplicação de uma dose de reforço contra Covid-19 com o imunizante Coronavac em idosos com 80 anos ou mais e pessoas com deficiência imunológica. No Acre, o público de idosos que deve receber a terceira dose é de 9.216 pessoas, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
Já os imunossuprimidos – pessoas que possuem enfraquecimento do sistema imunológico – então classificados dentro do grupo de comorbidades, portanto, não há como mensurar com exatidão quantas pessoas receberiam a dose de reforço. O número total de pessoas com comorbidades no Estado, segundo a Sesacre, é de 48.793.
A decisão da terceira dose fica a critério do Ministério da Saúde e, de acordo com a Anvisa, o Instituto Butantan ainda não solicitou a análise da terceira dose, entretanto, a agência antecipou-se na recomendação. Outros países já estão aplicando a dose de reforço, como é o caso de Chile e Uruguai.
Até o momento, a Anvisa já aprovou três pedidos formais para realização de estudos clínicos considerando a administração de doses extras das vacinas:
O primeiro é um estudo da Pfizer/BioNTech, que investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina, a Comirnaty.
O segundo, é o do laboratório AstraZeneca, que desenvolveu uma segunda versão da vacina (AZD2816) que está em uso no país, “buscando a imunização contra a variante B.1.351 do Sars-CoV-2, identificada primeiro na África do Sul”, de acordo com a Anvisa.
Já o terceiro é um estudo clínico para avaliar a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da versão original da vacina da AstraZeneca (AZD1222) em participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.
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