A sessão da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) desta terça-feira (17) já estava perto de encerrar, quando o deputado estadual Daniel Zen (PT) pediu inscrição nas explicações pessoais para falar do orçamento paralelo que destinou verbas de emendas para parlamentares federais, segundo ele, em troca de apoio político ao presidente Jair Bolsonaro e teve o senador Márcio Bittar (MDB) como relator-geral do orçamento da União.
”Márcio Bittar é bandido, pilantra e canalha, e ele será preso pelo esquema das emendas extras do orçamento paralelo”, disse Daniel Zen
De acordo com o deputado Daniel Zen, as propagandas enganosas de Márcio Bittar, de ser campeão do orçamento precisam ser desmascaradas, já que o orçamento paralelo coordenado pelo emedebista é usado para comprar votos dos deputados e senadores.
“Sabe porque o Márcio Bittar tem mais orçamento? Porque ele usa o orçamento paralelo para comprar parlamentares. O STF está investigando. Ele pode até ser o campeão de alocação de emenda, mas não é porque ele é relator do orçamento não, é porque o presidente Jair Bolsonaro criou o orçamento paralelo. O orçamento paralelo é a institucionalização da compra de voto de deputados e senadores que apoiam o governo federal. Coisa de bandido e vai ser descoberto.”, asseverou Zen.
Por não aparecer nos sites de transparência do governo e do Congresso, diferente das emendas individuais e de bancada, na qual os deputados e senadores são identificados, a liberação de recursos por meio desse tipo de emenda, o mecanismo de distribuição de emendas do relator geral ficou conhecido como “orçamento paralelo”, também chamado de orçamento secreto, já que não é necessário divulgar detalhes dos gastos e quem é beneficiado. Além disso, não são divididas igualmente, favorecendo quem é da base governista.
“Uma coisa é você ter seus R$ 15 milhões que é de lei da cada deputado, outra coisa é você ter R$ 30 milhões, R$ 40 milhões, R$ 50 milhões a mais. Ai é fácil. Ai até eu. Ele tem mais porque ele é o piloto da bandidagem chamado orçamento paralelo, emenda orçamentária. Coisa de bandido, de pilantra e de canalha que utiliza o recurso público para comprar o apoio de deputados e senadores.”, concluiu.