O deputado estadual Roberto Duarte (MDB), que já foi vereador de Rio Branco e candidato a prefeito, nas últimas eleições municipais, criticou duramente o prefeito Tião Bocalom (Progressistas), na sessão desta quarta-feira (22), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Da tribuna, o parlamentar falou sobre o serviço de transporte coletivo na Capital, que classificou como “péssimo” e lembrou das promessas de campanha do prefeito, quando candidato.
“Quando fui candidato a prefeito, participei de alguns debates e o então candidato, agora prefeito disse, na época, que não daria dinheiro para essas empresas do transporte coletivo, mas já encaminhou um projeto querendo dar R$ 2,5 milhões para as empresas. Soube que esse projeto foi retirado da Câmara Municipal e deve ser encaminhado, nos próximos dias novamente. Na época da campanha, foi dito uma coisa e quando se senta na cadeira se faz outra. Uma das nossas propostas era cancelar, anular os contratos com as atuais empresas e abrir nova licitação, mas pra isso é preciso ter coragem. É preciso sentar na cadeira e fazer.”, asseverou.
Duarte se refere ao subsídio que a Prefeitura de Rio Branco propõe injetar nas empresas de ônibus em contrapartida à redução da tarifa, questionando a medida anunciada por Bocalom. “A minha preocupação é que mais uma vez o município de Rio Branco vai bancar com nosso dinheiro, com o dinheiro da população, essas empresas de transporte coletivo. Eu li na imprensa local que serão cerca de R$ 2,5 milhões, este ano, e, no próximo ano, serão cerca de R$ 18 milhões por um serviço de péssima qualidade. Todos os dias, eu recebo reclamações das pessoas de que não tem ônibus, de que os ônibus atrasam, que os ônibus são verdadeiras sucatas, latas velhas que colocam para os nossos usuários e a atual gestão ainda quer dar dinheiro, o nosso dinheiro porque a Prefeitura não tem dinheiro. Esse dinheiro é do contribuinte, é do povo.”, acrescentou.
O parlamentar lembrou que o problema não é que até hoje não há avanços. “Quando fui vereador, trabalhei arduamente para buscar melhorias no transporte coletivo no nosso município de Rio Branco, mas , infelizmente, não conseguimos avançar naquela época porque as gestões anteriores defendiam arduamente as empresas, e eu nunca entendi o porquê dessa defesa, porque essas empresas nunca prestaram um serviço qualidade aos usuários, e a tarifa sempre foi, no meu ponto de vista, excessiva. Nunca foi uma tarifa justa.”, avaliou.