Em contraste às fortes tempestades que atingiram a capital de Rio Branco, no último mês, uma situação ambiental também preocupou a Defesa Civil municipal: a seca do Rio Acre, que registrou a segunda pior marca histórica. Mesmo com a previsão de mais temporais para outubro, o órgão avalia que situação só deve melhorar depois no mês de novembro. Na manhã deste sábado, 9, a marca do Rio foi de 1,79 metros.
Com chuvas abaixo da média esperada para este ano, o nível do Rio Acre chegou a marcar 1,33 metros na capital, ficando atrás apenas da marca de 2016, quando chegou a 1,30 metros, de acordo com dados da Defesa Civil. Desde 31 de agosto, a zona rural da capital está em situação de emergência por conta da estiagem, pois o decreto vale pelo período de 90 dias. Antes mesmo do decreto, cerca de 12 mil pessoas dessas regiões precisaram receber fornecimento de água em caminhão pipa.
Julho e agosto foram os meses mais críticos em que não houve nenhuma chuva. Segundo Major Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal, desde o mês de maio, as chuvas foram abaixo do esperado. “Mesmo assim, nós já descartamos a possibilidade de ultrapassar a marca para menos de 1,30 metros. Mas de qualquer maneira, nós que andamos pela cidade e pala zona rural percebemos o quão severa está essa seca de 2021”, afirma.
Foi somente no mês de setembro que houve registro de chuvas, como os fortes temporais que, em curto tempo de duração, causaram grandes danos na cidade. Porém, as chuvas deste período não alcançaram metade do que era esperado para o mês. “Por isso ainda vamos passar o mês de outubro com um cenário bastante seco, só em novembro que deve voltar o período de chuvas regulares”, comenta.
Leia mais em: Prefeitura decreta situação de emergência pela seca do rio Acre e pede abertura de crédito para ações