Um complexo esquema de sonegação de impostos foi descoberto na quinta fase da operação “Fake Bois – A queda do Peão”, deflagrada pela Polícia Civil, nesta segunda-feira,18. Cinco pessoas foram presas, entre pecuaristas, familiares e empregados, por crime contra a ordem tributária e associação criminosa.
Com cinco meses de investigação, a Polícia identificou que o grupo utilizava o nome de um peão de fazenda, que funcionava como um ‘laranja’ para transportar e comercializar bois entre o Acre e Rondônia, sem pagar tributos, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).O peão não foi encontrado e seria analfabeto.
O esquema que causou cerca de R$ R$ 2.176.129,66 milhões de prejuízo para os cofres públicos. Por isso, foram cumpridos mandado mandados de sequestro de seis veículos, além do bloqueio de contas bancárias no valor total. “Muitos bens foram apreendidos, entre veículos e carretas para garantir o ressarcimento ao erário público”, destacou delegado geral da Polícia Civil, Josemar Portes.
Em uma residência que era alvo de busca, a Polícia Civil apreendeu ainda uma arma de fogo e prendeu em o dono em flagrante por posse irregular de arma de fogo.
A ação, foi realizada em conjunto com a Secretaria da Fazenda do Estado do Acre – SEFAZ e o Instituto de Defesa Agroflorestal do Acre – IDAF , que enviaram documentações que indicavam a existência de uma organização criminosa. Trabalho realizado pelo Grupo de Enfrentamento aos Crimes Contra a Ordem Tributária – GECOT, o delegado geral destacou a complexidade da operação, tendo em vista o profundo conhecimento sobre lavagem de dinheiro, contabilidade pública e regime fiscal que a investigação requer.
“A falta do dinheiro público, a sonegação do imposto atrapalha o estado e impede investimento que vai principalmente paras a camadas mais vulneráveis. É um crime que não tem rosto, mas o dano social que ele causa é um dano irreparável e nós estamos cada vez mais focados, também na criminalidade comum, mas também nesse tipo de criminalidade que não se mostra na superfície da camada social, mas causa um grande dano no tecido social e no investimento público”, afirma Portes.
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