Preso no interior do Acre em setembro de 2020, o iraniano Reza Sahami foi condenado pela Justiça Federal (JF) no estado por promover, com a finalidade de obter vantagem econômica, a entrada de estrangeiros ilegais no Brasil. Expedida na última quarta-feira, 3, a pena de três anos e seis meses de reclusão foi convertida em prestação pecuniária no valor de 50 salários mínimos. Ele foi preso após entrar em território brasileiro conduzindo um grupo de seis iranianos com passaportes falsos.
Além disso, o iraniano também recebeu multa substitutiva fixada em 10 dias-multa à razão de um salário mínimo vigente à época dos fatos o dia-multa. A prisão de Reza Sahami foi realizada por meio de cooperação entre forças de segurança e controle de migração do Brasil e dos Estados Unidos. Com ele foi apreendido material que comprovava o esquema encabeçado por ele, que envolvia a confecção dos documentos falsos portados pelo grupo.
Juntamente com Sahami, havia sido denunciada também a iraniana Mahnaz Alizadeh, que inicialmente foi acusada de envolvimento com o caso. Porém, O Ministério Público Federal entendeu, após a instrução da ação penal, que Mahnaz era pessoa politicamente exposta em seu país de origem, e que sofria ameaça de prisão caso continuasse ou retornasse ao Irã, sendo basicamente esta a motivação de seus atos, não havendo provas de que ela agisse para obter qualquer vantagem financeira, tese que foi acolhida pela JF, que absolveu a acusada.
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