Há 15 dias, quando foi iniciada a obra de reforma e adequação da Ponte do Judia, no segundo distrito de Rio Branco, os moradores da região do Belo Jardim estão com dificuldades para atravessar o igarapé. Há sete dias, a obra realizada pela Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb) está parada por falta de material e com o aumento do nível dos rios, os pedestres estão passando pela água e os veículos precisam fazer um percurso de quase cinco quilômetros para acessar o ramal.
A ponte de 61 metros de comprimento e cinco de largura, é passagem para mais de 250 pessoas que vivem no local. Uma pequena passarela foi construída para pedestres e motocicletas, mas o trajeto ficou inviável nos últimos dias. Em vídeo gravado pelos moradores da região, uma professora atravessa a passarela que está quase toda submerssa. Na ponte que está em reforma, outros moradores atravessam carregando biciletas, correndo risco de acidentes.
“Pessoal que subiu de moto já caiu. Uma professora atravessou e chegou água quase na cintura. De carro e moto tem que ‘dar o rodo’, porque moramos bem perto do centro, mas agora temos que fazer uma volta longe da mais, dá mais de cinco quilômetros, pela BR-364”, relatou seu José Dourado, morador do Ramal há dois anos.
O engenheiro responsável pela obra, Álvaro Vicente, explica que a obra está parada porque parte do material está em falta, mas que deve chegar até este domingo, 12, e na segunda-feira,13, a obra volta a ser realizada. Ele afirma ainda, que em dentro de 15 dias, após o retorno do serviço no local, a ponte deve ser entregue. Com relação à passarela, ele afirma que terão que buscar outra alternativa para o acesso dos pedrestres.
“A ponte estava em péssimas condições de uso, correndo risco de acidente. Quando uma ponte daquela magnitude, pelo tamanho e estrutur que apresenta é uma obra delicada. A priori foi feito um levantamento com o material que a gente ia executar.A gente viu que a superestrutura estava com problema grave (assoalho e rodaguia) e a infraestrutura estava boa, os pilares”, explicou o engenheiro.
Seu José, reclama sobre a paralização da obra. “Começaram a mexer e disseram que não tinha madeira para terminar. mas se não tinha madeira toda não era nem para terem começado!” critica o morador.
Álvaro explica que somente quando começaram a desmanchar a ponte foi possível identificar outros problemas em peças que não era possível ver antes. Afirma ainda que a madeira que está em falta não se vende a pronta entrega, é preciso encomendar sob medida.
“Essa madeira não se vende na cerraria. Temos que contratar uma empresa para retirar madeira legalizada. Mas já fizemos o pedido e a peça está de Brasileia”, responde o engenheiro.
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