Na última semana, houve questionamentos nas redes sociais sobre os recursos financeiros destinados a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em Rio Branco. A dúvida era: o que se faz com todo dinheiro enviado para as contas da entidade? O questionamento repercutiu, e fez com que a direção do Centro se manifestassem e esclarecesse algumas questões.
A assistente social e presidente da Apae Rio Branco, Cecília Lima, falou que é muito prazeroso falar e esclarecer a sociedade sobre o que é arrecadado na instituição. “Em nenhum momento a direção da entidade se recusou a prestar contas. Temos os nossos balanços bancários publicados na internet, na imprensa. Somos totalmente acessíveis para repassar qualquer tipo de informação que alguém queira saber”.
Lima falou sobre o dinheiro disponibilizado a Apae com a venda de títulos de capitalização do AcreCap. “Vamos pontuar tudo direito. O AcreCap repassa sim, um valor, mas não são milhões, como afirmou um senhor pelas redes sociais. O AcreCap é uma empresa que faz esses sorteios, que são pagos pela própria empresa. Então, como todo, e qualquer negócio, tem as suas despesas. Eles pagam impostos sobre o que arrecadam. A Apae não recebe 100% do que é arecadado com os títulos. Do valor repassado é deduzido todas as despesas decorrentes a compra de prêmios, comercialização e propaganda. Recebemos um pequeno percentual, centavos, por cada cartela vendida”, esclarece.
A presidente disse que a Apae não é uma instituição financeira que tem renda própria. “Trabalhamos com várias fontes de recursos. Nosso quadro de funcionários é de 50 pessoas, todos os meses eles têm de receber. Não tenho a garantia de que todo mês vou receber um percentual de doação de alguns locais, que é o caso da Havan, que fez apenas uma doação até agora. Vale salientar que os recursos do AcreCap não são exclusivos da Apae de Rio Branco. Metade, ou seja, 50% vai para a Apae em Cruzeiro do Sul, além da instituição em Plácido de Castro. Esse recurso é captado primeiramente pela Federação das Apaes, em Brasília, que depois é repassado, após a aprovação de projetos que realizamos”.
Cecília falou sobre as obras que estão sendo realizadas. “Acabamos de fazer um muro de toda parte da frente da Apae, estamos com projeto para murar todo o espaço da entidade e ampliar outros ambientes. Esse recurso ajuda no pagamento da mão de obra e manutenção. Temos muito prazer em convidar as pessoas para conhecer o trabalho que realizamos. Atendemos mais de 300 crianças. Mesmo na pandemia não paramos de realizar os atendimentos. Hoje, pagamos com recurso próprio, dois médicos: um psiquiatra e um pediatra. Todos os técnicos que trabalham na instituição são formados. Temos gastos, e não são poucos. Sem recurso, como trabalhamos? Como atendemos as crianças que precisam da Apae? Muitas mães falam que a instituição é a segunda casa dos seus filhos. Isso tudo me motiva a fazer mais por eles”, concluiu.