O prefeito Tião Bocalom concedeu entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira, 3, para falar sobre o sistema de saneamento e abastecimento de água na capital acreana, assumido pela gestão municipal desde o último sábado, 1º de janeiro; e em relação ao transporte público de Rio Branco, do qual foi decretada situação de emergência, após uma das empresas de ônibus deixar de fornecer o serviço na cidade, no dia 21 de dezembro do ano passado.
“Queremos melhorar a questão do fornecimento de água, porém sabemos da quantidade de problemas que tem o Saerb. Não temos bombas reservas, que precisamos comprar, assim como todo material de tratamento. Também mantivemos os funcionários que já estavam na autarquia. A parceria com o governo do Estado continua muito boa. O secretário de Planejamento tem sido um grande parceiro neste processo de reversão. Graças a Deus que as coisas continuarão bem. Tenho fé que não teremos tantos adversidades, por enquanto, pois é ao longo do tempo que resolveremos os problemas, e não da noite para o dia”, salientou Bocalom.
O prefeito disse que, para ter qualidade no serviço de abastecimento, deve haver arrecadação de recursos, e quem não pagar pela água, pode ter o fornecimento interrompido. “Iremos contar o fornecimento de água até das secretarias municipais e do Estado, caso elas não paguem pelo serviço. Agora, é um novo momento, o que tem de dívida, está com o Depasa. Nós vamos implantar um novo modelo de gestão, quem não pagar, corta a conta”.
De acordo com o diretor-presidente do Saerb, Edvaldo Fortes, a inadimplência atinge 50% do sistema. Desse total, 20% são de órgãos do governo. “O restante da dívida é da sociedade civil e de empresas privadas. Nossa equipe fará o levantamento dos inadimplentes. Em relação às empresas, temos um planejamento e vamos chamar os empresários pessoalmente para resolver a questão, pois se tem abastecimento, deve haver pagamento”, enfatizou o gestor.
Transporte público
Bocalom falou que o transporte público na capital passa por muitos problemas, principalmente nos últimos dias. “Evidentemente, que agora, mais pessoas vão andar de ônibus, e com o aumento do faturamento, precisamos tomar as devidas providências. Uma empresa, por exemplo, já devolveu oito linhas, ou seja, não quer trabalhar. Não é fácil, principalmente para trazer outras empresas agora, mas estamos fazendo todo o processo para fazer o convite aos empresários que queiram oferecer o serviço de transporte público em Rio Branco,” salientou Bocalom.
Anísio Alcântara, Superintendente Municipal de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBtrans), garantiu que em dois meses, no máximo, o transporte público vai melhorar na capital. “O prefeito ainda não deu o veredito para o prazo, mas é certo que em até 60 dias as coisas vão melhorar, significativamente, de forma estrutural, com cumprimento de rotas e horários previamente definidos. Vamos oferecer o serviço virtual que informa o passageiro, via aplicativo de celular, a hora que o coletivo passa no terminal. Com o surgimento da covid, apenas 47 ônibus estavam circulando. Agora, são 72 coletivos. Essa frota não tem condição de atender à população. Faremos a modificação dos veículos, que será notada pelos passageiros”, concluiu.
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