Os diretores do documentário Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, Tatiana Issa e Guto Barra, concederam uma entrevista ao veículo Band.com.br, e falaram sobre a decisão de mostrar as fotos do crime sem embaçar. Segundo eles foi um pedido de Gloria Perez para que as pessoas relembrassem a crueldade que fizeram com a sua filha. Na época, Daniella tinha apenas 22 anos de idade.
Em um primeiro momento nos perguntamos se deveríamos mostrar as fotos do crime, que são tão chocantes. Mas a Gloria sempre achou importante mostrá-las justamente para que as pessoas pudessem ver e relembrar a brutalidade bárbara e cruel que foi esse crime e o que fizeram com a filha dela, explicou Tatiana.
Mais sobre o caso
Sobre o pedido da escritora, Tatiana afirmou que entendeu qual era a importância de exibir as imagens:
É imprescindível que a série consiga esclarecer de uma vez por todas que isso [o romance entre vítima e assassino] nunca aconteceu. Essa narrativa faz parte de um viés sempre machista, de tentar culpabilizar a vítima, transformar os fatos a favor dos criminosos, perpetuar inverdades, muitas vezes convenientes para vender revistas e jornais. Isso precisa acabar.
E, acrescentou:
O que sempre chocou a Gloria e a família era o uso constante das fotos da novela com os personagens Bira e Yasmim, dando margem para versões mentirosas e machistas que foram perpetuados durante tantos anos.
Ela também contou que apesar de focar nos depoimentos da família e amigos, o documentário conta tudo que estava no processo contra os assassinos Guilherme de Pádua e Paula Thomaz.
As pesquisas foram feitas com muito cuidado, muito estudo, baseadas sempre nos autos do processo. Nos debruçamos em todos os documentos, laudos, em toda a cobertura feita na época e nos arquivos pessoais da Gloria.